Intercement paralisa atividades em Pedro Leopoldo sem negociar com o sindicato

 

         A direção da Intercement compareceu de última hora no SINTICOMEX ontem (02/07) para informar sobre a paralisação das atividades operacionais da empresa por tempo indeterminado. A alegação da empresa é que isso aconteceu pela situação econômica porque passa o país e, se houver melhora no quadro, as atividades podem voltar no futuro. Já faz algum tempo que o sindicato suspeitava que eles fossem fechar a unidade e insistia para marcar uma reunião, o que era negado pela empresa. No último 13 de junho, solicitamos à Superintendência Regional do Trabalho uma mediação com a empresa para tratar do assunto, mas esta reunião só foi agendada para o dia 15 de julho.

         Na reunião desta terça, a empresa informou que dos 53 funcionários diretos que existem atualmente na unidade de PL, 25 serão dispensados e a empresa fará proposta para outros 28 para realocação em outras unidades da fábrica. Acreditamos que o número de demitidos pode aumentar consideravelmente, uma vez que poucos devem aceitar mudar de cidade por condições que não são ideais. A Intercement informou ainda que vai manter um centro de distribuição (venda de cimento) em Pedro Leopoldo.

         O SINTICOMEX notificou a empresa que acionará a Justiça para questionar irregularidades como demissão coletiva sem negociação de benefícios com o sindicato, dispensa de empregados com estabilidade e paralisação de atividade de extração mineral.

         Tudo isso reforça a falta de compromisso do Grupo Camargo Corrêa com a população de Pedro Leopoldo, seus trabalhadores, o sindicato e também o poder público que não tinha sido comunicado também da paralisação das atividades, o que significa um grande baque para a economia da região.